sexta-feira, 21 de maio de 2010

Amor

        O Amor, sublime impulso de Deus, é a energia que move os  mundos:
        Tudo cria, tudo transforma, tudo eleva.
        Palpita em todas as criaturas.
        Alimenta todas as ações.



        O ódio é o Amor que se envenena.
        A paixão é o Amor que se incendeia.
        O egoísmo é o Amor que se concentra em si mesmo.
        O ciúme é o Amor que se dilacera.
        A revolta é o Amor que se transvia.
        O orgulho é o Amor que enlouquece.
        A discórdia é o Amor que divide.
        A vaidade é o Amor que ilude.
        A avareza é o Amor que se encarcera.
        O vício é o Amor que se embrutece.
        A crueldade é o Amor que tiraniza.
        O fanatismo é o Amor que petrifica.
        A fraternidade é o Amor que se expande.
        A bondade é o Amor que se desenvolve.
        O carinho é o Amor que se enflora.
        A dedicação é o Amor que se estende.
        O trabalho digno é o Amor que aprimora.
        A experiência é o Amor que amadurece.
        A renúncia é o Amor que se ilumina.
        O sacrifício é o Amor que se santifica.
        O Amor é o clima do Universo.


        É a religião da vida, a base do estímulo e a força da Criação.
        Ao seu influxo, as vidas se agrupam, sublimando-se para a imortalidade.
        Nesse ou naquele recanto isolado, quando se lhe retire a influência, reina sempre o caos.
        Com ele, tudo se aclara.
        Longe dele, a sombra se coagula e prevalece.
        Em suma, o bem é o Amor que se desdobra, em busca da Perfeição no Infinito, segundo os Propósitos Divinos; e o mal é, simplesmente, o Amor fora da Lei.

João de Brito

 

Texto extraído do livro "Falando à Terra" - pg. 105/106 - 3ª edição
Francisco Cândido Xavier

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